"Lembre-se somente do frescor dos morangos."
Poupe-me do que tem a me dizer
poupe-me do beneficio da dúvida
poupe-me dos planos que fizemos
poupe-me de tudo o que ainda tem pra acontecer
de tudo o que está aqui
e da decepção das coisas que não virão
Não me olhe mais
e sequer segure minha mão
Não vele mais meus passos
e sequer lembre de "nós"
Quero perder meu tempo
Sumir
E ser mais um vulto que esporadicamente
passa na sua mente
Como a lembrança do melhor verão que já viveu
Quero ser poupada dos mesmos rostos carancudos todos os dias
de encontrões e empurrões no mêtro
de abusos com olhares
e da solidão de mais um zero na multidão
Quero ser covarde
e fugir pra bem longe
de onde nasci e estou
Quero ter o dom de ser quem sou
livre de amarras.
Então vou pegar o próximo trem
para o mais longe que conseguir
Poupar você da frustração que eu seria
e das lágrimas desta despedida.
Vou poupar nos de uma vida estática
que já estava traçada
E desenhar um novo destino todo diferente.
Poupar-me de ver os morangos que ontem eram perfeitos
e amanhã estaram negros e estragados.
Ouvindo_Ela Voltou Diferente_Monbojó
2 Comments:
Mon, pelo texto, você parece triste...
Não deixe de ver a beleza dos morangos hoje com medo de que eles apodreçam amanhã. O amanhã não existe.
beijo
texto sombrio...
beijuuuuuu =)
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